fundação Santos

FUTEBOL CLUBE

Um clube local que ganhou fama internacional

O Santos Futebol Clube é sinônimo de tradição, glória e futebol arte. O time alvinegro de Vila Belmiro não apenas encantou gerações de torcedores, mas também colecionou títulos e momentos inesquecíveis que marcaram o futebol mundial.

Santos Futebol Clube foi fundado por Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior na tarde do domingo, 14 de abril de 1912, na sede do Clube Concórdia, na antiga rua do Rosário, 18 (hoje rua João Pessoa, 8/10).

Eles convidaram a todos os interessados para participar da reunião inaugural do novo clube, que foi constituído para a prática do futebol, que no começo do século passado ainda estava em sua infância no Brasil.

Vamos explorar essas épocas douradas, ressaltando as vitórias que eternizaram o Peixe no panteão dos gigantes do futebol.

entrando em campo

o uniforme e as cores

Assim nasce um manto de tradição

No dia da fundação, o nome da entidade foi sugerido por Edmundo Jorge de Araújo: Santos Foot-Ball Club e as cores dos uniformes da nova agremiação, que seria presidida no primeiro ano de existência por Sizino Patusca, eram o azul e o branco, com fios dourados entre elas.

No dia 31 de março do ano seguinte as cores do Clube, por sugestão de Paulo Peluccio, passaram a ser calção branco e camisa listrada de branco e preto. O Conselho Deliberativo do Clube teve início no dia 28 de janeiro de 1932 e o primeiro presidente foi Flamínio Levy.

Ao longo dos anos, o uniforme algumas alterações e ganhou o branco como preferência na camisa, deixando um pouco as listras de lado e adicionando os patrocinadores, tão comuns no esporte.

camisa santos

Urbano Caldeira foi atleta, técnico, dirigente e é um dos patronos do Santos FC. Em sua homenagem o nome do estádio que foi erguido, no ano de 1916, leva seu nome como reconhecimento de seu amor ao Alvinegro Praiano.

Arquivo do clube
dentro de campo

conquistas iniciais

Um time que nasceu campeão

As primeiras conquistas importantes na história do time começaram em 1913 com a conquista do campeonato santista, repetindo o feito em 1915, jogando como o apelido de “União Futebol Clube” por imposição da diretoria da Associação Paulista de Esportes Atléticos.

No ano de 1927 surge no time um ataque que até hoje não foi superado em jogos do campeonato paulista, com uma média de 6,25 gols por partida e que ficou eternizado como o time do “Ataque dos 100 gols”. Ataque esse que era formado por Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista.

O primeiro Campeonato Paulista foi em 1935, título esse conquistado na casa do adversário na capital paulista. A equipe volta a ganhar as comeptições paulistas em 1955 e 1956 e novamente no ano de 1958, quando então já tinha em suas no time um garoto apelidado de Pelé.

o melhor time do mundo

década de ouro

A era do Rei Pelé

Os anos 1960 são frequentemente lembrados como a era de ouro do Santos, e não é para menos. Esse período foi marcado pelo surgimento de Pelé, o Rei do Futebol. Com ele, o Santos não só dominou o futebol brasileiro como também conquistou o mundo. Entre 1962 e 1963, o time venceu duas vezes consecutivas a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes, derrotando gigantes como o Benfica e o Milan. Pelé, Coutinho, Pepe, Zito e outros craques formaram um time imbatível, que encantava com seu estilo de jogo ofensivo e recheado de dribles e gols.

Além dos títulos internacionais, o Santos também brilhou no cenário nacional. Conquistou diversos Campeonatos Paulistas e Taças Brasil, consolidando sua supremacia no futebol brasileiro. Pelé, com sua habilidade ímpar e faro de gol, tornou-se o maior artilheiro da história do clube e do futebol mundial, marcando mais de mil gols na carreira. A magia dos seus dribles, passes precisos e gols antológicos ecoam até hoje, inspirando novas gerações de jogadores e torcedores.

Foi pelo Santos que o Pelé marcou a maior parte dos 1.281 gols (em 1.363 jogos) de sua, tornando-o o maior goleador da história do futebol mundial.

Década de 1970: Renovação e Competitividade

Após o auge da era Pelé, o Santos passou por uma fase de renovação. A década de 1970 não foi tão recheada de títulos internacionais, mas o clube manteve sua competitividade no cenário nacional. Em 1978, conquistou o Campeonato Paulista, mostrando que, mesmo sem Pelé, o time ainda tinha garra e talento para vencer.

Nessa época, jogadores como Aílton Lira, Pita e Juary começaram a se destacar, mantendo viva a chama do futebol arte na Vila Belmiro. Esse período foi marcado por uma série de altos e baixos, mas o Santos nunca deixou de ser um adversário respeitável. A capacidade de revelar novos talentos foi essencial para manter a competitividade, mesmo sem as estrelas internacionais de outrora. A renovação do elenco e a adaptação a novas realidades do futebol foram fundamentais para que o Santos continuasse a figurar entre os grandes do Brasil.

Os Anos 1990: A Volta ao Protagonismo

A década de 1990 foi crucial para o Santos recuperar seu protagonismo. Em 1995, o time chegou à final do Campeonato Brasileiro, sendo derrotado pelo Botafogo em um confronto polêmico. Apesar da derrota, aquele time, comandado por Giovanni, marcou uma nova era de esperança para os torcedores santistas. Giovanni, com sua habilidade e visão de jogo, encantou o Brasil e reavivou a paixão pelo Peixe.

Além de Giovanni, jogadores como Jamelli e Robert também se destacaram, formando um time competitivo e aguerrido. O Santos voltou a disputar títulos e mostrar seu valor, mesmo enfrentando grandes adversários. Esse ressurgimento foi fundamental para preparar o terreno para as conquistas que viriam no início do novo milênio, reacendendo a chama da esperança e da paixão entre os torcedores.

Novo Milênio: A Era de Robinho e Diego

Os anos 2000 marcaram uma nova era de conquistas para o Santos. Em 2002, o time revelou para o mundo a dupla Robinho e Diego, dois jovens talentos que levaram o clube à conquista do Campeonato Brasileiro. A final contra o Corinthians, com os famosos dribles de Robinho, tornou-se um clássico inesquecível. O título de 2002 foi um marco, sinalizando a volta do Santos ao topo do futebol brasileiro e abrindo caminho para novas conquistas.

Esse período também viu o Santos conquistar o Campeonato Brasileiro novamente em 2004, com uma equipe repleta de jovens promissores e jogadores experientes. Além de Robinho e Diego, outros talentos como Elano, Renato e Léo se destacaram, formando um time equilibrado e talentoso. A capacidade de mesclar juventude e experiência foi crucial para o sucesso dessa geração, que trouxe de volta o orgulho aos torcedores santistas.

2010 em Diante: Neymar e Novas Glórias

A década de 2010 trouxe consigo uma nova joia da Vila: Neymar. Com seu talento e carisma, Neymar liderou o Santos a uma série de conquistas, incluindo a Taça Libertadores de 2011, após quase 50 anos de espera. Junto com Ganso, Elano e outros jogadores de destaque, o Santos encantou novamente o Brasil e a América do Sul. A conquista do tricampeonato paulista (2010-2012) e a épica vitória sobre o Peñarol na final da Libertadores são momentos que ficaram gravados na memória dos torcedores.

Além da Libertadores, o Santos também brilhou no cenário nacional, conquistando a Copa do Brasil de 2010 e outros títulos estaduais. A parceria entre Neymar e Ganso trouxe de volta o futebol arte que sempre caracterizou o Santos, encantando torcedores e críticos. Neymar, com sua habilidade e ousadia, rapidamente se tornou um ícone do futebol mundial, levando o nome do Santos aos quatro cantos do planeta.

O Presente e o Futuro: Mantendo a Tradição de Excelência

Nos anos recentes, o Santos continuou a revelar talentos e manter sua tradição de futebol ofensivo e arte. Jogadores como Gabigol, Rodrygo e Kaio Jorge surgiram como promessas do futebol brasileiro, mantendo viva a chama da Vila Belmiro. A capacidade do Santos de formar e revelar novos talentos é uma das suas maiores forças, garantindo um futuro promissor para o clube.

O Santos segue sendo um dos clubes mais respeitados e admirados do Brasil, com uma história rica e cheia de conquistas. A constante busca por títulos e a manutenção de sua filosofia de jogo ofensivo e vistoso são características que continuarão a guiar o clube nos próximos anos. A paixão da torcida e a tradição de formar grandes jogadores são elementos que asseguram que o Santos seguirá brilhando e escrevendo novas páginas gloriosas em sua história.

Um Clube, Muitas Glórias

Comparar as diferentes eras do Santos é uma maneira de celebrar a rica história de um dos clubes mais tradicionais do futebol mundial. Cada período trouxe suas particularidades, seus ídolos e suas conquistas. Desde a era de Pelé, passando pela renovação dos anos 1970, a reafirmação nos anos 1990, até as novas glórias com Robinho, Diego e Neymar, o clube do Santos sempre encontrou maneiras de brilhar e conquistar corações.

O Peixe continua sua jornada, sempre em busca de novos títulos e momentos inesquecíveis, reafirmando sua posição como um gigante do futebol.O legado do Santos é imensurável, não só pelos títulos, mas pela contribuição ao futebol arte e pela formação de grandes atletas.

A história do Santos é uma história de resiliência, talento e paixão, características que fazem do clube uma verdadeira instituição do esporte. Com um passado glorioso e um futuro promissor, o Santos Futebol Clube segue sendo um orgulho para seus torcedores e um ícone do futebol mundial.

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