Após uma sequência de resultados e desempenhos abaixo do esperado, Fábio Carille enfrenta um momento decisivo no comando do Santos. O técnico, que chegou ao clube com a missão de levar a equipe de volta à elite do futebol brasileiro, encontra-se pressionado pela torcida e sob o olhar atento da diretoria. Em meio às críticas, Carille terá uma nova oportunidade para trabalhar ajustes no time, já que o Peixe terá um raro período sem jogos na Série B.

CArille – A PRESSÃO DA TORCIDA E OS AJUSTES NECESSÁRIOS

O clima no Santos não é dos melhores. A torcida vem manifestando descontentamento nas arquibancadas, cobrando uma melhora significativa na qualidade de jogo apresentada pela equipe. As críticas recaem principalmente sobre a falta de criatividade no setor ofensivo e a ineficácia nas jogadas de ataque. Carille tem alternado jogadores e esquemas táticos, mas os resultados continuam aquém das expectativas.

Durante os últimos jogos, a equipe apresentou um futebol burocrático e pouco atrativo, gerando vaias e até xingamentos vindos das arquibancadas. A pressão aumentou ainda mais após a derrota para o Avaí e as atuações fracas contra o Brusque. Mesmo com a vitória magra sobre o Operário, a impressão deixada foi a de que o time não evoluiu como deveria, e Carille sabe que precisa aproveitar cada momento de treino para afastar a sombra das críticas.

TEMPO PARA AJUSTES: OPORTUNIDADE OU RISCO?

Com uma semana livre para trabalhar, Carille terá a chance de rever seu planejamento e buscar alternativas para a equipe. Esse período será fundamental para implementar ajustes no estilo de jogo e na postura tática do time. A principal dúvida é se o técnico conseguirá traduzir esses dias de treino em uma melhora efetiva no campo. Até o momento, mesmo com espaços semelhantes no calendário, o técnico não conseguiu dar respostas satisfatórias dentro das quatro linhas.

Na última vez que teve tempo para treinar, antes do confronto contra o Avaí, a expectativa era de um Santos mais equilibrado e propositivo. No entanto, a equipe se apresentou desorganizada e acabou derrotada dentro de casa, acirrando ainda mais os ânimos. Já contra o Brusque, apesar de ter saído com os três pontos, o desempenho ainda deixou muito a desejar, com a torcida clamando por mudanças mais profundas.

O QUE CARILLE DEVE MUDAR NO TIME?

Um dos pontos mais criticados no trabalho de Carille é a falta de variações táticas. O técnico tem insistido em um esquema que privilegia a defesa, mas que acaba engessando a equipe ofensivamente. A ausência de jogadas trabalhadas e a pouca efetividade nos contra-ataques são elementos que Carille precisa ajustar.

Para isso, há uma expectativa de que o treinador comece a dar mais minutos a jogadores como Laquintana e Serginho, que têm características de velocidade e drible, fundamentais para quebrar as defesas adversárias. Além disso, Luan Peres, com sua experiência e capacidade de liderança, pode se tornar uma peça-chave na defesa, que precisa de estabilidade para dar segurança ao resto do time.

No ataque, Carille ainda busca a melhor formação. Recentemente, ele deixou de lado opções como Otero e Furch, apostando em um ataque mais leve, com Bigode e Ângelo. Porém, a falta de entrosamento e finalizações pouco eficientes têm mostrado que o setor ainda está longe do ideal.

OS DESFALQUES E OS PENDURADOS: COMO ISSO IMPACTA?

Um dos poucos pontos positivos para Carille neste momento é a situação disciplinar do elenco. No último confronto, o Santos entrou com vários jogadores pendurados, mas nenhum deles recebeu cartão, garantindo que o treinador tenha força máxima à disposição para os próximos compromissos. Entre os pendurados estavam nomes importantes como Gil, Escobar e João Schmidt, que são pilares no esquema defensivo da equipe.

Sem desfalques, a expectativa é de que Carille consiga encontrar a formação ideal, equilibrando juventude e experiência. Jogadores como Rodrigo Ferreira e Sandry têm mostrado potencial, mas precisam de maior regularidade e confiança para se firmarem como titulares absolutos.

A POSTURA DE CARILLE NAS ENTREVISTAS: UM PONTO DE TENSÃO

Outro aspecto que tem chamado a atenção é a postura de Carille fora das quatro linhas. Após as últimas partidas, o técnico optou pela “lei do silêncio”, recusando-se a participar das coletivas e deixando as explicações para seu auxiliar, Cuquinha. Essa atitude gerou um desconforto tanto na torcida quanto na imprensa, que aguardam um posicionamento mais firme e transparente do treinador.

Cuquinha, por sua vez, tentou amenizar a situação ao afirmar que o foco do Santos é “pontuar na Série B, sem se preocupar com o jogo bonito”. Entretanto, a torcida não parece convencida e quer mais do que resultados: quer um futebol que honre as tradições do clube. Para muitos, a ausência de Carille nas coletivas é vista como um sinal de que o técnico não está sabendo lidar com a pressão.

PRÓXIMOS DESAFIOS: O QUE ESPERAR?

O próximo jogo do Santos será contra o Goiás, um dos candidatos diretos à promoção. O confronto ganha ainda mais importância por ser fora de casa, onde o Santos tem encontrado dificuldades para impor seu ritmo. A vitória é fundamental para que a equipe mantenha-se no grupo de acesso e para que Carille ganhe um pouco mais de tranquilidade para trabalhar.

Caso o desempenho continue aquém, é possível que a diretoria comece a reavaliar a continuidade do técnico para a próxima temporada. O presidente Marcelo Teixeira já declarou apoio ao treinador, mas a pressão vinda das arquibancadas pode ser decisiva. No futebol, resultados são a chave, e Carille sabe que precisa apresentar mais do que promessas: precisa mostrar um Santos competitivo e pronto para brigar pelo retorno à elite.

O FUTURO DE CARILLE NO SANTOS: CONTINUIDADE OU RUPTURA?

Se não conseguir dar uma guinada no desempenho do time, a permanência de Carille no comando do Santos para 2025 ficará comprometida. Mesmo com o respaldo atual da diretoria, o técnico sabe que um novo tropeço, aliado a uma atuação ruim, pode ser o estopim para sua saída. A torcida, que sempre foi exigente, já começa a pedir mudanças mais radicais, e o treinador precisa mostrar que ainda tem o controle do vestiário.

Com um elenco misto de jovens promessas e jogadores experientes, Carille tem a responsabilidade de encontrar o equilíbrio entre juventude e experiência, dando ao Santos a consistência necessária para garantir a promoção sem sustos.

A próxima semana será crucial para definir os rumos do Peixe na competição e também para o próprio futuro de Fábio Carille como técnico do Santos. O torcedor espera não apenas uma vitória, mas um desempenho que justifique a confiança depositada no treinador e no elenco.

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